sábado, 17 de outubro de 2009

É preciso que o fruto apodreça antes que a semente nova possa se desenvolver.

É preciso que o fruto apodreça antes que a semente nova possa se desenvolver. (I Ching – O livro das Mutações - Hexagrama 23 – Desintegração – Coletânea da Indicações - Livro terceiro)

Acreditar nas nossas próprias idéias é o que nos faz projetar e sustentar o mundo da forma como ele é visto.
Cada pensamento que observamos atravessar a nossa mente comumente simboliza as crenças que possuímos. Os pensamentos mais agradáveis e aceitáveis que possamos ter nem sequer chegam próximos ou arranham os conceitos básicos da Mente de Deus. Como se fosse uma projeção na tela do cinema, esse mundo é só um efeito de luzes e sombras que se movem, mas que parecem bastante reais. Nossa mente quer ver assim e para nos dar suporte ao nosso querer nós projetamos o corpo e nele os órgãos dos sentidos. Os órgãos dos sentidos são órgãos perceptivos que foram imaginados e projetados com a finalidade de fazer com que tudo pareça real. O gosto, o cheiro, o som, o tato e a visão nos enganam o tempo todo. Quando se fala no sexto sentido, que é uma percepção mais fina, ainda não estamos falando de uma percepção corrigida, mas apenas mais aguçada. Supondo que se tenha uma percepção de um ser da quarta dimensão e se vê esse ser sugando a energia de um outro, se pensarmos: "Que filho da mãe!" Isso denota que ainda nossa percepção está percebendo de forma dual. A crença de que existem vítimas ainda é crença na perda. E a percepção chamada de sexto sentido só servirá pra confirmar e manter as crenças na dualidade. No momento em que a nossa compreensão dos fatos fizer com que olhemos os fatos de outra forma, não veremos perda em lugar nenhum, perceberemos que são só escolhas. Podemos interferir e dar informações salutares para que essas escolhas sem amor não se perpetuem, mas jamais fazer julgamentos sobre os envolvidos na situação. Não são a princípio as coisas que mudam à nossa volta , é a nossa interpretação das coisas que muda. O que em um momento parece ser um tormento na nossa vida, em outro passa a não ter significado e não nos alteramos com isso. A mudança começa no interior...
São os nossos desejos de separação que mantém os pensamentos distorcidos sobre a Verdade. É preciso que os desejos de separação deixem de nos seduzir para que possamos, gradativamente, deixá-los ir, e conseqüentemente, deixar de dar forma a esse mundo caótico que tanto nos transtorna.
Não é possível abandonar certas idéias sem perder o interesse por elas, sem deixar de achá-las úteis e atrativas. Assim “é preciso que o fruto apodreça antes que a semente nova possa se desenvolver”.
No momento em que ficamos cansados de sofrer, de sentir dor, de adoecer, de experimentar a falta, de ficarmos transtornados, em conflito, com medo e com culpa, poderemos abandonar o velho, o tão fascinante padrão e nos conectar com níveis mais altos de experiência. Os efeitos de sombra e luz ainda serão observados, mas daremos um significado diferente para eles, até que nossa mente possa ser plenamente corrigida de suas percepções equivocadas.
Um dia cada um terá que dizer: “ – Basta, muito grato, foi o suficiente para mim!”
Mas esse basta tem que reverberar e ser plenamente sincero.
Esse basta tem que vir com disponibilidade para a mudança, advinda de um reconhecimento sincero de que se merece receber o que Deus quer nos dar.
Não precisamos temer a Deus. O que Deus quer nos dar é o que nos faria mais feliz, o que nos tornaria mais realizados. O que Deus quer nos dar é o que nós, no inconsciente curado de nossa mente, escolhemos como as experiências mais dignas, meritórias e aprazíveis que um ser que caminha em um mundo abençoado pode vivenciar.
Temer a Vontade de Deus é temer ser feliz... É temer o conforto, o mimo e os cuidados que só um Pai Amoroso pode nos dar.

domingo, 11 de outubro de 2009

Falando um pouco de projeções

Quando eu morava no sul do país, entre os meados dos anos 80/ 90, trabalhei em um Centro Infantil com crianças de 2 a 6 anos. Eu adorava contar histórias para elas. Dentre as histórias, lembro de uma que era de uma estrelinha que tinha caído do céu sobre um cactos. Muitas vezes eu adaptava a história conforme a minha intenção de ensinar determinado assunto. Assim, não lembro da história original, nem do título ou autor, mas somente da minha adaptação.

Vou contar rapidamente a história que adaptei:

Certo dia uma curiosa estrelinha debruçou-se na janela e tentava olhar os detalhes do nosso lindo planetinha... Curiosa, esticou-se, esticou-se, esticou-se sobre a janela para observar. De tanto esticar-se... pluft... caiu da janela aqui na Terra... E coitada... para sua infelicidade caiu sobre um espinhento cactos! Ficou toda espetada... Mas como não sabia o que eram os espinhos, não compreendia porque sentia dor...
Quem estava ao redor ouviu os seus gritos: “ – Ai, ai , ai... ui, ui, ui... Que lugar horrível!!” Os pessoas foram lá e tentaram ajudá-la, queriam arrancar os espinhos, mas quando a tocavam ela sentia mais dores ainda e assim, com medo, ela não deixava que ninguém se aproximasse. Ela imaginava que eram as pessoas que a feriam quando a tocavam. Ela só dizia: “- Ai, ai, ai... sai pra lá... ai, ai, ai... ui, ui, ui... sai pra lá...”
Com o tempo, algumas pessoas conseguiram ganhar sua confiança e chegar mais perto... Foram retirando os espinhos um a um, levando em conta o quanto era desconfiada... Até que todos os espinhos foram retirados e a estrelinha pôde aceitar, abraçar e conhecer o que é o amor...”

É lógico que nessa faixa etária não era possível um aprofundamento, mas sempre fica guardada uma sementinha de luz...

Contei essa história agora porque quero falar das projeções.

Todos nós somos estrelinhas... somos luzes que caíram do Céu e ninguém mais, a não ser nós mesmos, somos os causadores de nossa queda.
Os espinhos que parecem fazer parte desse mundo ou parte de nós estão na nossa própria mente. Esses espinhos são o medo e a culpa, que tomam incontáveis formas, assim, nós tentamos nos livrar deles colocando-os do “lado de fora”, no nosso corpo, nas coisas e nas pessoas, no mundo. A esse mecanismo de proteção da mente chamamos projeção.
Mas as nossas projeções vão além disso. Esse tipo de projeção é a ponta do iceberg.

Todo o mundo que se descortina na nossa frente é uma projeção coletiva, é uma projeção holográfica dos nossos desejos de separação de Deus.

Esse mundo é a manifestação da nossa crença de que caímos do Céu, ou do nosso estado original de ser e daí advém a idéia de pecado e também do pecado original.

A crença de que conseguimos nos desligar de Deus gera inúmeras crenças, dentre elas a crença de que somos vulneráveis e a estamos a mercê da vida, como vítimas de uma situação monstruosa que nos ameaça a todo instante. Nós mesmos projetamos esse mundo caótico e não queremos abrir mão dele, porque alimentamos as idéias que o sustentam.

Nossa mente é poderosa, não conhecemos o seu poder e a crença de que não temos o poder de sair dessa situação constrangedora é que ainda nos mantém nela. No fundo nós queremos um culpado e mantemos essa forma ilusória de ver as pessoas, o mundo e a “vida” para que possamos culpar alguém.

Quem já não experimentou uma revolta em relação a Deus quando da perda de um ente querido? Quem já não experimentou uma irritação, ou revolta ou raiva em relação a alguém ao apenas imaginar que essa pessoa possa ter feito algo que lhe feriu, que foi contra seus interesses, que lhe causou dano ou perda?

A estrelinha sustentava a idéia de que as pessoas a feriam quando tocavam nela. Só quando confiou é que puderam, muito vagarosamente, tirar os seus espinhos.

Nós fazemos o mesmo com muitos eventos na nossa vida. Atraímos, através de nossa vibração, os eventos que nos dizem respeito, que precisamos aprender ou ensinar para aprender, mas não vemos dessa forma. Nós culpamos os outros pelo que nos acontece ou culpamos a nós mesmos, sem percebermos que tudo é aprendizado e que esse aprendizado nós escolhemos ter.

Nós estamos aqui para aprender a confiar. Amor e confiança são o mesmo.

Se a estrelinha não tivesse confiado ela estaria ainda cercada de espinhos e achando que quem a feria era quem estava lá para ajudá-la.

Nossos irmão estão a nossa volta para nos ajudar. Se confiarmos nisso, poderemos vê-los como salvadores e não carrascos, pois deixaremos de projetar neles o nosso medo e a nossa culpa.

Poderemos ver nos que gritam, brigam e atacam pedidos de amor. E a um pedido de amor como negar?

Essas idéias podem parecer bem românticas e nada realistas. Percebo que as pessoas chamam de realista a forma como entendem que devem agir nesse mundo com base na forma como entendem esse mundo, isso é, como se esse mundo fosse a realidade e, assim, para elas, nele é necessário ser esperto e defender-se. O meu conceito de realismo não é o usual... Agir de forma realista é agir levando em conta as Leis da criação de Deus. Ser esperto é estar acordado, estar acordado é estar ciente do seu verdadeiro Ser, o seu verdadeiro Ser está atrelado a Verdade, que está atrelada aos conceitos de Deus e não do mundo, pois os conceitos do mundo se opõem aos conceitos de Deus. No meu entender, ser verdadeiramente esperto é ser perspicaz, isso é, ter agudeza de espírito, ser penetrante e profundo em suas observações, só assim poderemos des-cobrir (o véu da ignorância) a respeito de quem somos, quem são nossos irmãos e Quem é Deus.

Assim, a cada pedido de amor não teremos outra forma de agir senão dar amor, porque é o amor que nos une e nos alimenta. É o amor que apazigua as inquietações de nossa alma e nos conduz de volta ao nosso estado original de Graça e Plenitude no seio do Pai/Mãe.

As projeções serão abandonadas ao final e poderemos olhar para o mundo e para todos os seres que o compõem como partes inseparáveis do nosso Ser. O olhar da inocência que edificará um novo mundo está aguardando para ser expresso, ele está latente em cada coração e é o presente precioso que cada um merece receber e dar. Esse é o nosso verdadeiro tesouro guardado no Templo interior que habita em nós. Compartilhar desse tesouro é a única projeção feliz aceitável e que podemos oferecer.

Brilha, brilha a estrelinha
Brilha, brilha lá no céu...
Vou ficar aqui quietinho
Pra esperar Papai do Céu...

Beijinhos de luz
Amo vcs!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O medo e suas diversas formas

Na Eternidade estamos ligados a Deus de forma UNA, pois é essa a condição única de ser do nosso Espírito para com Deus e as Suas criações. Mas a nossa mente, com o desejo de separação, imaginou, distorceu e acreditou que pudesse fazer diferente.

Nossa mente, para conseguir realizar o seu desejo, acreditou fragmentar-se em incontáveis partes e níveis, e ao acreditar que estava só sentiu medo, acreditou no medo e por isso reteve o medo.

Nós nos vemos através da pseudo-consciência de ser individual, nos vemos como um desses ínfimos fragmentos, sem percebermos que tudo o que vemos está dentro de nossa mente.
O ponto de referência que denominamos “eu” crê nos conceitos substitutos que imaginou e acredita estar separado de todo o resto e vê esse medo como sendo real. O medo foi o substituto que imaginamos no lugar do Amor.

Na Eternidade, através da criação do Espírito Santo, no mesmo instante, Deus restituiu à Mente Única a Verdade sobre Si Mesma. No tempo isso ainda está sendo desfeito pelo Espírito Santo, a partir da aceitação da Verdade por cada pseudo-fragmento.

A crença de que o medo existe faz todo o sentido para os pseudo-fragmentos.
Cada um de nós, pseudo-fragmentos da Mente Única, está, no seu devido tempo, aceitando a Verdade sobre si mesmo e desfazendo os equívocos e substituições.

Ao substituirmos o amor pelo medo, imaginamos que o medo está em todos os lugares e que tudo pode atacar-nos e ferir-nos, substituindo a Invulnerabilidade do nosso Espírito pela vulnerabilidade de nosso pseudo-eu e de nossa pseudo-criação.
Assim, imaginamos que o medo pode estar e vir de qualquer lugar ou de qualquer um.

O medo está na mente e antes que o corpo atue o medo já se manifestou.
As formas que o medo toma são inúmeras, mas nem sempre são percebidas como tal.
Desde uma simples irritação, insegurança, rejeição, discussão, confronto, divergência, intolerância, briga, rigidez, competição, paixão, rancor, ódio, ira, cólera, ataque, defesa, violência, assassinato, todos são formas de medo.

O conflito mental é a primeira manifestação do medo, daí decorre uma série de outros conflitos que, se perdurarem podem tomar proporções incontroláveis, só depende do quanto se permite chegar.
O medo faz atacar e defender, que não deixa de ser a mesma coisa. A crença de que podemos perder o que nos é tão precioso nos faz defender através do ataque.

No final, todas as substituições feitas estão atreladas. O medo pelo amor, o conflito pela paz, a perda e carência pela abundância, etc. No fundo, a crença na vulnerabilidade e de que a separação deu certo são as molas propulsoras que detonaram o big bang e continuam detonando small bangs mentais todos os dias ainda e impossibilitando que a tão sonhada paz renasça de dentro para fora.

O medo é um hábito mental que só precisa ser corrigido. Quando o querer e a disponibilidade para a correção desse “mal hábito” for a nossa escolha consciente, nos colocaremos à disposição de Deus para que essa correção seja efetuada em nós. O Espírito de Deus agradece a nossa disponibilidade se unindo a nós em Graça e Plenitude! Ao nosso pedido de amor Deus retribui dando-nos amor. Como já nos disse o Mestre: “Pedi e vos será dado!”

Um dia, em 1996, em uma experiência de comunicação mental, pedi ajuda, pois estava me sentindo em muito conflito. O ser que se comunicou comigo me disse que compartilharia sua PAZ comigo. Por um instante minha mente se encheu de uma tranqüilidade tal que é como se milhões de luzes se acendessem e somente luz podia ser divisada. Minha mente ficou em um tranqüilidade tão imensa como eu nunca havia experimentado. Aquela experiência foi única e a tenho como uma referência de paz e silêncio interior. Só fui experimentar aquela sensação novamente durante a Revelação. Hoje quando medito sei onde está esse templo sagrado dentro de mim, com Deus, com TODOS unidos em uma só vibração de Amor.

sábado, 19 de setembro de 2009

As leis do caos

As leis do caos

O que é esse mundo em que vivemos senão a representação do que acreditamos merecer viver?
O que mantém esse mundo são as leis do caos.
É um mundo onde ora se sorri, ora se chora, ora se nasce, ora se parte, ora se alegra, ora se entristece, ora se tem, ora não se tem...
Mas apesar disso esse caos parece fazer todo o sentido, parece ser de alguma forma organizado na nossa cabeça.
Ele tem um princípio e um fim, um objetivo e um resultado.
Esse caos tem leis que o governam.
Essas leis são as leis que imaginamos para irmos contra às Leis de Deus.

Quando estava em estado de Revelação pedi que o Eu Superior ou Espírito Santo, me levasse através do “círculo do medo”.
O meu corpo tremia à aproximação de Deus em todos os momentos que Ele se aproximou para levar-me aos vários estágios, apesar de minha mente manter-se plenamente tranqüila. Então percebi que quem tem medo de Deus é o ego e não Eu.
Eu quis memorizar todos os estágios, mas não foi possível. Posso dizer que a Revelação é uma experiência quase indizível, pois é muito pessoal.
O círculo do medo realmente parece ser todo o fundamento sobre o qual o mundo se baseia. São realmente muitos e muitos pensamentos distorcidos gerados para mantermos a culpa. Esses pensamentos não são trazidos ao consciente, e são ocultos justamente para que possamos mantê-la.

Vou descrever as leis do caos para poder depois comentar sobre elas:
1)A verdade é diferente para cada um.
2)Cada um não pode deixar de pecar e portanto merece ataque e morte.
3)Deus tem que aceitar a crença de que Seu Filho é quem pensa ser e odiá-lo por isso.
4)Só temos aquilo que tomamos do outro, pois para um ter o outro tem que ficar sem.
5)Há um substituto para o amor.

O que protege essa loucura é a crença de que ela seja verdadeira.
Você até pode se perguntar: “Eu penso isso?”
Eu digo que sim, que de alguma forma essas crenças estão em sua mente, pois nos fatos que vivenciamos cotidianamente essas idéias fundamentam os comportamentos.

A primeira lei fala sobre a Verdade. Participei durante anos de um grupo ufológico, nele discutíamos alguns conceitos. Verdade era um deles. Muitas pessoas diziam que era impossível acessar a Verdade. Falávamos em verdade parcial, relativa e absoluta. Hoje sei que só existe um ponto de vista acertado: o do Criador... Todos os outros são considerações do que pode ser.

Hoje eu sei que o Criador pode compartilhar essa Verdade conosco. E não vou dizer que foi difícil chegar lá. Demorou um instante de entrega... Se bem que de muitos e muitos que não consegui entregar!!! hehehe... Mas, descobri afinal, que existe uma só Verdade e que é possível acessá-la. Por isso a revelação é algo "indizível", explicar a Realidade com palavras é uma tarefa impossível, podemos tentar, mas símbolos sempre são limitados.

Quanto à segunda lei, sobre o pecado. O pecado é um conceito que temos no subconsciente que mantém a culpa, pois acreditamos que existe alguma coisa que podemos fazer ou o outro pode fazer que é indesculpável e que a punição é a forma de pagamento por ele. Por exemplo, se alguém trair, roubar, matar, etc, precisará pagar por isso. Não, não precisa ser assim, eu afirmo. “Mas então será um caos?” Você pode me perguntar... Já é um caos!!! Precisamos educar e não punir. Precisamos ensinar às pessoas o valor que as outras têm ao invés de puni-las por seus atos e sua falta de percepção. Só através da aprendizagem do amor o homem se libertará dos grilhões da inconsciência.

A terceira lei está atrelada ao auto-conceito. Nós atribuímos um auto-conceito e acreditamos nele. Muitos fazem terapia para melhorar o conceito que têm sobre si. Dificilmente perguntamos: “Deus, o que você pensa sobre mim?” E aguardamos a resposta. Nós acreditamos que sabemos a resposta. Assim, achamos que podemos pecar e nos ferimos para poder atingir uma suposta purificação dos pecados, a fim de sermos aceitos por Deus ou pelos outros. No nosso inconsciente a gente acredita que Deus nos odeia, e por isso a projeção de um Deus punitivo ser uma idéia tão aceita em diversas religiões.

A quarta lei se refere à crença na escassez. Não conseguimos conceber que podemos ter tudo. A gente acredita que para ter alguma coisa alguém vai ficar sem. Jesus levava a “mochila” na mente, a hora que queria vinho, tinha vinho, quando queria pão, tinha pão. E muitos mestres têm esse poder de materialização, porque compreenderam que têm tudo.
Nós não somos mendigos que precisam pedir ao Pai que nos dê. Ele já nos deu, só precisamos deixar que isso se manifeste! O que nos foi dado por Deus é nosso e nossa é a abundância. Na regra do caos tirar é perder. Essa regra tem como fundamento o medo e a culpa. Para Deus só existe o dar e o receber. Então, vamos dar, dar e dar, assim a abundância a cada dia estará mais próxima de se manifestar!

E a quinta lei diz que há um substituto para o amor. Na nossa louca cabeça a gente substituiu o amor pelo medo. Nós substituímos Deus pelos nossos relacionamentos. O que protege essa loucura é a crença de que ela seja verdadeira. Quando olhamos para a forma o conteúdo fica oculto. A forma não nos diz nada sobre o conteúdo. Em nossos relacionamentos inconscientemente buscamos uma forma de “salvação’ e sentimos raiva se o outro não nos dá o que queremos. Nós inconscientemente buscamos Deus no outro. Quando o outro não se presta a esse papel, (que realmente não é o seu), acreditamos que existe uma justificativa plausível para atacá-lo. Ou buscamos substituir esse relacionamento por outro, mas levamos o conflito conosco. O ataque, seja a forma que tome, sempre ferirá, sempre é destrutivo, embora muitas vezes não reconheçamos a sua fonte.

Como sair disso?
Existe um caminho, que é muito parecido com o caminho que andamos hoje.
É parecido na forma, porém o conteúdo é que é verdadeiro. Nesse caminho podemos encontrar as mesma flores, as mesmas construções, as mesmas pessoas...
O que difere esse caminho do outro, então? A diferença está em nós.

É no Agora que convidamos o Amigo Invisível para nos guiar. Esse Amigo poderá traduzir as formas vazias em formas de luz. É o Espírito do Amor que só aguarda o nosso convite a se manifestar em nossa mente. O importante é sabermos que é preciso apenas convidá-Lo sinceramente a caminhar conosco. Assim, Deus anda conosco e em nosso entorno Seus Filhos, Seu Reino e Seu Jardim. Assim trazemos o Céu para a Terra.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Curso: Introdução a Um Curso em Milagres.

Todas as quintas das 20h15min às 22h.
De 3 de Setembro a 29 de Outubro.
R. da Consolação - São Paulo

Programa:

1. Composição do átomo – com base na Física Quântica
2. A Integridade da Criação
a. A Autoria
b. Realidade
c. Verdade
d. Espírito
i. Atributos do Espírito
ii. As Leis da Criação
3. O que é a Mente
a. Mente Criativa
b. Mente projetiva
c. O que é a Lei da Atração e como funciona
4. Origem da crença na separação do Criador
a. O desejo de usurpar o Poder
b. A falha de Comunicação
c. O medo
d. A culpa
e. O pecado
f. A Origem do Universo
i. Espaço
ii. Tempo
1. Dimensões
iii.As leis do caos
5. A Resposta do Criador
a. Criação do Eu Superior
6. A defesa contra A Resposta
a. Projeção do ego
i. A auto-imagem
ii. A outra-imagem
7. O Propósito Superior
a. Reversão da Mente Projetiva em Mente Criativa
i. Processo de Expiação
1. O Perdão
a. A projeção da culpa
b. A visão da Santidade
2. Aceitação do controle pelo Eu Superior
3. A função do tempo
4. Meditação como caminho
5. Vigilância
6. Revertendo efeitos e causas
7. Dar para receber
8. Milagres
a. Princípio dos Milagres
b. Cura
9. Escolhendo outra vez
8. A Revelação através do Eu Superior
9. A Iluminação

Informações: brahdia@hotmail.com

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sua vibração é a sua proteção

Pensar em proteção é também pensar na crença que deu origem a essa idéia: a crença na vulnerabilidade. Considerar-se vulnerável é pensar de forma oposta à Lei da Imutabilidade que abrange a todas as criações de Deus.

Mas o que podemos fazer enquanto a crença de que “somos vulneráveis” ainda ecoar em nossa mente?

Ensinar a lição é a forma de aprender a lição. Ensina só amor porque é isso que tu és!

O amor é a vibração mais segura que podemos emanar. Porque ao darmos amor receberemos amor de volta. Quando emanamos sentimentos não amorosos o medo irá se instalar em nossa mente e assim atrair eventos correspondentes a essa vibração.
A Lei da Atração ou Lei do Amor determina que semelhante atraia semelhante e é isso que garante a Unidade da Criação. Essa Lei pode não ser compreendida, mas ela não falha.

Cada átomo do nosso corpo está diretamente relacionado com a nossa mente, pois nosso corpo é a projeção do nosso auto-conceito e de todas as crenças que estão em nossa mente, além da somatória das memórias de todas as experiência mentais nossas e de nossos ancestrais. (Complementando essa idéia sugiro pesquisar a teoria dos campos morfogenéticos criada pelo fisiologista inglês Rupert Sheldrake)

Os átomos vibram, de acordo com os pensamentos que os constituem.
Cada pensamento que emitimos vibra, gera efeitos em algum nível e continua ligado a nós até que aprendamos a anular os seus efeitos. Essa vibração é percebida e se propaga inclusive em outras dimensões e atrai vibrações do mesmo nível.

Essa fragmentada experiência no ilusório mundo de espaço-tempo que chamamos viver está além do que conseguimos dimensionar e mesmo assim temos uma imensa dificuldade de abrirmos mão de idéias tão arraigadas em modelos tão antiquados de subsistência. Se nós precisamos nos proteger de algo é somente de nossa ignorância!

Quando refletirmos apenas Amor, a vibração que emitiremos será tão intensa e perfeita que anulará o efeito de todos registros de nossas experiências passadas, bem como de nossos ancestrais. E assim o karma poderá ser desfeito e o ciclo de reencarnações poderá ser interrompido.

O que pode atrair para si um Ser cuja vontade corresponde a Vontade de Deus? Com certeza só bênçãos, bênçãos e bênçãos em sua caminhada!

beijos.
Brahdia

quarta-feira, 15 de julho de 2009

"Onde irá aquele que se afasta da inocência? A vontade e as bênçãos dos céus não acompanham seus atos." Confúcio

A inocência é um dos atributos que Deus compartilhou conosco quando nos criou, sendo assim, é uma qualidade que não pode ser perdida, nem alterada, mas pode ser esquecida.
Quem age com inocência age com amor, porque um atributo dado por Deus não tem como existir sem o outro. Isso é assim porque o amor garante que a mente expresse sua totalidade de ser em qualquer ato, pois os atributos compartilhados por Deus coexistem e se mantém atrelados pela Lei do Amor, que a tudo unifica.

A vontade e as bênçãos dos céus não acompanham os atos dos que se afastam da inocência não porque Deus deixa de abençoar Seus filhos e de querer que a eles Sua Vontade se manifeste, mas porque os filhos interpõem entre eles e Deus a sua própria vontade.

Onde irá aquele que se afasta da inocência?
Irá projetar sobre os outros a sua falta de inocência. Verá em sua volta erros e culpas, tornando-se desconfiado e hostil.
Quando se perde a inocência perde-se junto com ela o amor. A culpa vai solapando a confiança que temos nas pessoas, no mundo e em nós mesmos... Acabamos vendo e lutando com miragens que acreditamos ser reais.
Sendo assim, como a vontade e as bênçãos dos céus poderiam acompanhar os atos dos que vivem dessa forma? Podemos observar aqui, que são os atos que não são abençoados, não as pessoas... As pessoas são abençoadas por Deus ininterruptamente, mas não aceitam as bênçãos emanadas por Ele, principalmente por não se acharem merecedoras, pois estão esquecidas de sua inocência.

Se tudo o que se dá se recebe de volta, os pensamentos que temos sobre a falta de inocência que projetamos sobre os outros conseqüentemente ferirão a nós mesmos.
Sentimos culpa e para diminuir a nossa culpa projetamos essa culpa sobre os outros, para nos sentirmos aliviados, mesmo que de forma inconsciente.
Antigamente, nos sacrifícios aos deuses, era usado um “bode expiatório” a fim de que o bode assumisse as culpas que os homens sentiam, porque eles achavam que os seus deuses impetrariam uma punição a eles se as culpas não fossem expiadas. Como nossa forma de nos relacionarmos com a culpa deixou de ser explícita, o bode expiatório também deixou de ser explícito, mas a culpa não deixa de atrair para si os seus efeitos. Os efeitos dessa ilusão são penosos e nos mantém distantes do que é a Vontade de Deus para nós.

Abençoar é dar. Se abençoamos os nossos irmãos com a dádiva da culpa, só poderemos ver culpa. Se abençoarmos os nossos irmãos com a dádiva da inocência, a nossa própria inocência se manifestará, pois receberemos o que foi dado, e muito mais será acrescentado por Deus a nós.

Nossos irmãos poderão realizar atos equivocados, onde as Bênçãos e a Vontade de Deus não são expressas, mas sempre e infinitamente poderemos olhar para eles com o olhar de inocência que temos dentro de nós.

Existe um ditado que diz: “O bom julgador julga por si”. Essa idéia não é apropriada aos que pretendem corrigir as suas mentes... Qualquer julgamento nunca é honesto. Não podemos atingir o âmago do nosso irmão para podermos julgá-lo. Quando julgamos é porque a culpa já foi vista por nós e, em decorrência, nos abrimos à projeção.

Existe uma tendência de nossa parte de julgarmos as atitudes das pessoas como éticas e não éticas, ou dizer que alguém é bom caráter ou mau caráter. Não podemos esquecer que esses termos estão aferidos a conceitos culturais que têm a culpa como base.

Cultura à parte, prefiro focar em posturas mentais e conseqüentes decorrências que são eficazes no nosso estudo na busca do re-ligamento com Deus.

Dar amor, ou melhor, ser o amor é o único caminho eficaz.

Sobre todos os nossos pensamentos, sentimentos, palavras e atos podemos nos perguntar:
- Eu amei?
Se a resposta foi afirmativa, estamos no caminho... Se desviamos sempre há tempo para retornar... Essa caminhada é de aprendizagem, se ainda não aprendemos tudo não precisamos nos culpar, pois todos que aqui caminham juntos, aprenderão a amar, pois Deus não falha em Seus Planos...

Aprenderemos finalmente que quem ama não sente medo, por isso não defende e não ataca, não fere, não mata, não rouba, não mente, não engana, não trai, não adultera, não cobiça, não induz, não aprisiona... Pois qualquer coisa que possamos realizar que venha a ferir o nosso irmão perceberemos que ferirá a nós, então não realizaremos.
Mas para isso, realmente precisamos compreender que o medo da perda e da falta nos afastam do amor e que são esses medos que corrompem o “caráter e a ética” em qualquer estrutura social. A culpa então deixará de ser vista e o perdão pleno poderá ser dado!

Quando chegarmos ao fim da caminhada nos tornaremos íntegros e essa completeza nos dará a estabilidade necessária para que em tudo que se pense, sinta, diga e realize expressemos nosso Ser amoroso. Então, livres do medo poderemos caminhar em paz, sabendo que a Vontade de Deus e todos os anjos do Céu abençoam a nossa caminhada.