sábado, 19 de setembro de 2009

As leis do caos

As leis do caos

O que é esse mundo em que vivemos senão a representação do que acreditamos merecer viver?
O que mantém esse mundo são as leis do caos.
É um mundo onde ora se sorri, ora se chora, ora se nasce, ora se parte, ora se alegra, ora se entristece, ora se tem, ora não se tem...
Mas apesar disso esse caos parece fazer todo o sentido, parece ser de alguma forma organizado na nossa cabeça.
Ele tem um princípio e um fim, um objetivo e um resultado.
Esse caos tem leis que o governam.
Essas leis são as leis que imaginamos para irmos contra às Leis de Deus.

Quando estava em estado de Revelação pedi que o Eu Superior ou Espírito Santo, me levasse através do “círculo do medo”.
O meu corpo tremia à aproximação de Deus em todos os momentos que Ele se aproximou para levar-me aos vários estágios, apesar de minha mente manter-se plenamente tranqüila. Então percebi que quem tem medo de Deus é o ego e não Eu.
Eu quis memorizar todos os estágios, mas não foi possível. Posso dizer que a Revelação é uma experiência quase indizível, pois é muito pessoal.
O círculo do medo realmente parece ser todo o fundamento sobre o qual o mundo se baseia. São realmente muitos e muitos pensamentos distorcidos gerados para mantermos a culpa. Esses pensamentos não são trazidos ao consciente, e são ocultos justamente para que possamos mantê-la.

Vou descrever as leis do caos para poder depois comentar sobre elas:
1)A verdade é diferente para cada um.
2)Cada um não pode deixar de pecar e portanto merece ataque e morte.
3)Deus tem que aceitar a crença de que Seu Filho é quem pensa ser e odiá-lo por isso.
4)Só temos aquilo que tomamos do outro, pois para um ter o outro tem que ficar sem.
5)Há um substituto para o amor.

O que protege essa loucura é a crença de que ela seja verdadeira.
Você até pode se perguntar: “Eu penso isso?”
Eu digo que sim, que de alguma forma essas crenças estão em sua mente, pois nos fatos que vivenciamos cotidianamente essas idéias fundamentam os comportamentos.

A primeira lei fala sobre a Verdade. Participei durante anos de um grupo ufológico, nele discutíamos alguns conceitos. Verdade era um deles. Muitas pessoas diziam que era impossível acessar a Verdade. Falávamos em verdade parcial, relativa e absoluta. Hoje sei que só existe um ponto de vista acertado: o do Criador... Todos os outros são considerações do que pode ser.

Hoje eu sei que o Criador pode compartilhar essa Verdade conosco. E não vou dizer que foi difícil chegar lá. Demorou um instante de entrega... Se bem que de muitos e muitos que não consegui entregar!!! hehehe... Mas, descobri afinal, que existe uma só Verdade e que é possível acessá-la. Por isso a revelação é algo "indizível", explicar a Realidade com palavras é uma tarefa impossível, podemos tentar, mas símbolos sempre são limitados.

Quanto à segunda lei, sobre o pecado. O pecado é um conceito que temos no subconsciente que mantém a culpa, pois acreditamos que existe alguma coisa que podemos fazer ou o outro pode fazer que é indesculpável e que a punição é a forma de pagamento por ele. Por exemplo, se alguém trair, roubar, matar, etc, precisará pagar por isso. Não, não precisa ser assim, eu afirmo. “Mas então será um caos?” Você pode me perguntar... Já é um caos!!! Precisamos educar e não punir. Precisamos ensinar às pessoas o valor que as outras têm ao invés de puni-las por seus atos e sua falta de percepção. Só através da aprendizagem do amor o homem se libertará dos grilhões da inconsciência.

A terceira lei está atrelada ao auto-conceito. Nós atribuímos um auto-conceito e acreditamos nele. Muitos fazem terapia para melhorar o conceito que têm sobre si. Dificilmente perguntamos: “Deus, o que você pensa sobre mim?” E aguardamos a resposta. Nós acreditamos que sabemos a resposta. Assim, achamos que podemos pecar e nos ferimos para poder atingir uma suposta purificação dos pecados, a fim de sermos aceitos por Deus ou pelos outros. No nosso inconsciente a gente acredita que Deus nos odeia, e por isso a projeção de um Deus punitivo ser uma idéia tão aceita em diversas religiões.

A quarta lei se refere à crença na escassez. Não conseguimos conceber que podemos ter tudo. A gente acredita que para ter alguma coisa alguém vai ficar sem. Jesus levava a “mochila” na mente, a hora que queria vinho, tinha vinho, quando queria pão, tinha pão. E muitos mestres têm esse poder de materialização, porque compreenderam que têm tudo.
Nós não somos mendigos que precisam pedir ao Pai que nos dê. Ele já nos deu, só precisamos deixar que isso se manifeste! O que nos foi dado por Deus é nosso e nossa é a abundância. Na regra do caos tirar é perder. Essa regra tem como fundamento o medo e a culpa. Para Deus só existe o dar e o receber. Então, vamos dar, dar e dar, assim a abundância a cada dia estará mais próxima de se manifestar!

E a quinta lei diz que há um substituto para o amor. Na nossa louca cabeça a gente substituiu o amor pelo medo. Nós substituímos Deus pelos nossos relacionamentos. O que protege essa loucura é a crença de que ela seja verdadeira. Quando olhamos para a forma o conteúdo fica oculto. A forma não nos diz nada sobre o conteúdo. Em nossos relacionamentos inconscientemente buscamos uma forma de “salvação’ e sentimos raiva se o outro não nos dá o que queremos. Nós inconscientemente buscamos Deus no outro. Quando o outro não se presta a esse papel, (que realmente não é o seu), acreditamos que existe uma justificativa plausível para atacá-lo. Ou buscamos substituir esse relacionamento por outro, mas levamos o conflito conosco. O ataque, seja a forma que tome, sempre ferirá, sempre é destrutivo, embora muitas vezes não reconheçamos a sua fonte.

Como sair disso?
Existe um caminho, que é muito parecido com o caminho que andamos hoje.
É parecido na forma, porém o conteúdo é que é verdadeiro. Nesse caminho podemos encontrar as mesma flores, as mesmas construções, as mesmas pessoas...
O que difere esse caminho do outro, então? A diferença está em nós.

É no Agora que convidamos o Amigo Invisível para nos guiar. Esse Amigo poderá traduzir as formas vazias em formas de luz. É o Espírito do Amor que só aguarda o nosso convite a se manifestar em nossa mente. O importante é sabermos que é preciso apenas convidá-Lo sinceramente a caminhar conosco. Assim, Deus anda conosco e em nosso entorno Seus Filhos, Seu Reino e Seu Jardim. Assim trazemos o Céu para a Terra.

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